domingo, 16 de dezembro de 2007

A Triste Saga do Monroe

Interessante seria que as informações deste relato fossem objeto de séria matéria jornalística, para elucidar a verdadeira razão da demolição do Palácio Monroe e o destino das obras de artes que ali existiam. Vejam as fotos do Palácio Monroe, nos site abaixo e, depois, leiam o texto:

Fotos Nadia

A Triste Saga do Monroe

Ao contrário do que se pensa, Palácio Monroe não foi demolido por causa do Metrô Por Roberto Tumminelli (1)

O Palácio Monroe era um marco visual na entrada do Centro do Rio. Até hoje a história da criminosa demolição do Palácio Monroe é cercada por uma lenda. Por meio desta breve crônica, vou expor o histórico e a verdadeira causa de sua demolição. Você verá como uma história fantasiosa perdura por muitos anos entre os cariocas encobrindo um dos maiores crimes contra a história do Rio de Janeiro e do Brasil.

O Palácio Monroe foi construído originalmente nos Estados Unidos pelo governo brasileiro, que participava das comemorações do centenário de aniversário de integração do Estado de Louisiana (EUA). A arquitetura do Monroe causou impacto perante a todos os presentes à comemoração. A imprensa americana chegou a ressaltar seu estilo e suas linhas. Por fim, foi merecedor do prêmio de melhor arquitetura da época: o Grande Prêmio Medalha de Ouro. Seu projetista foi o Coronel Arquiteto Francisco Marcelino de Souza Aguiar. Sua estrutura, toda metálica, permitiu que fosse desmontado e depois remontado em solo brasileiro.

O Palácio foi reerguido no fim da Rua do Passeio onde havia um velho casario.

Em estilo eclético, marcou pelo rompimento do uso da arquitetura portuguesa no Brasil.

O Monroe foi entregue aos cariocas e ao Brasil em 1906 por ocasião da Terceira Conferencia Pan Americana, sediada nele. Durante a abertura da Conferência, o mestre de cerimônias, Barão do Rio Banco, batizou o então Pavilhão Brasil de Palácio Monroe, uma homenagem ao presidente norte americano James Monroe, idealizador do Pan Americanismo.

Além dessa conferência, o Monroe foi palco de vários eventos, tais como 'o 4º Congresso Médico latino Americano e o Congresso Internacional de Jurisconsultos.

O edifício foi sede também do Ministério da Viação e, em 1925, foi transformado em sede do Senado Federal. Após a inauguração e transferência da capital federal do Rio para Brasília, o Monroe deixou de abrigar o Senado Federal e passou a sediar o Estado Maior das Forças Armadas.

Em 1964, os militares derrubaram o então presidente da República, João Goulart, e tomaram o poder, transformando o Brasil numa ditadura. Com isso, o atestado de óbito do Monroe estava começando a ser assinado. O requinte apresentado no interior do edifício: balaustrada de mármore e lustres de cristal

O Metrô chega à cidade

Com a vinda do metrô, foi projetado um desvio que 'passaria ao lado do Monroe, para evitar sua demolição. O desvio chegou a 'ser iniciado. O sonho de haver um sistema metroviário no Rio é antigo, porém só em 1966 se abriu uma frente de estudos para a inicialização da viabilidade das obras.

A Companhia do Metropolitano do Rio de Janeiro foi criada em 1968.

O primeiro canteiro de obras se deu na Glória em 1970, mas as obras ficaram paralisadas entre 1971 e 1974. Em 1975, as obras foram retomadas e seguiram em direção ao Centro da Cidade. A estação seguinte à da Glória seria a Cinelândia.

No 'meio do traçado dos trilhos estava o Palácio Monroe. O que fazer com ele?

O intuito do Metrô sempre foi preservar prédios de importância histórica que estivessem próximos ao traçado dos trilhos, como o Teatro Municipal e 'a Câmara de Vereadores, mas o Monroe estava bem no meio do traçado. A solução foi fazer uma modificação no desenho original da linha. Um desvio que passaria ao lado do Monroe, para que fosse poupada a sua demolição.

Decidida essa etapa e estudada a obra, pôs-se em pratica a construção do desvio. Por causa do terreno e da proximidade das fundações do Monroe foi empregada uma moderna tecnologia para que tudo corresse bem. O escoramento do terreno foi feito com cuidado para que não houvesse perigo dele ceder e por em risco o Monroe. As fundações do Palácio eram verificadas duas vezes ao dia.

As obras continuavam e o tombamento do Monroe (pedido em 1970) não saía. No entanto, continuava a batalha para a sua preservação. A escadaria de mármore da entrada do Palácio foi desmontada por uma equipe de técnicos vinda especialmente da Itália e guardada no interior do Palácio. A retirada da escada era necessária, pois coincidia com as paredes da vala a ser aberta.

A escavação da vala, colocação das contenções necessárias, entre outras medidas, resultaram no sucesso da operação e, no final, o Palácio não havia sido abalado em nada.

A feitura de tal empreitada e seu sucesso foram alvo de matérias em revistas especializadas.

Da parte do Metrô o Monroe estava salvo. No entanto, aproveitando-se da sua obra, o então Presidente da República, Ernesto Geisel, autorizou o Patrimônio da União a providenciar sua demolição em 1976.

A obra e os esforços haviam sido em vão para a frustração e tristeza daqueles que preservaram o Monroe e que tiveram um exaustivo trabalho que foi completamente ignorado e também para a tristeza de muitos cariocas que viram ruir um pedaço da história da cidade e do Brasil.

Trabalho esse que é ignorado por muitos cariocas e inclusive jornalistas, que no mínimo deveriam ter a obrigação de saber que o Monroe foi poupado pelo progresso, mas que continuam insistindo em publicar a historia que o Metrô foi o culpado pela demolição do Palácio.

Enquanto o Metrô desviava o trajeto da linha para poupar o Palácio Monroe de sua demolição, três figuras muito conhecidas dos brasileiro pediam ferrenhamente a sua demolição.

Eis seus nomes:

General Ernesto Geisel: Quarto presidente militar desde o Golpe de 64. Empossado pelo Colégio Eleitoral em 1974. Nutria um ferrenho horror pelo filho do Coronel Arquiteto Francisco Marcelino de Souza Aguiar, projetista do Palácio Monroe. A raiva que Geisel sentia dele foi originada quando o filho de Souza Aguiar foi promovido no Exército em detrimento de Geisel. Por puro ódio e vingança, Geisel aproveitou seu poder de Presidente da República e simplesmente autorizou a demolição do Monroe, acabando com o premiado projeto do pai de seu inimigo. O Monroe começa a ser demolido em janeiro de 1976.

Roberto Marinho: Jornalista. Chefe das Organizações Globo. É de conhecimento público o apoio dado por Marinho aos militares desde a época do Golpe. Aproveitando a grande circulação do Jornal O Globo, fez uma enorme campanha a favor da demolição do Monroe aproveitando-se da obra do Metrô. Quase que diariamente O Globo publicava editoriais exigindo o desaparecimento do Palácio. Fica claro que esse apoio aos militares visava sempre ter os benefícios que o governo federal podia proporcionar.

No último editorial publicado pelo Globo podia-se ler as seguintes palavras:

"Por decisão do Presidente da Republica, o Patrimônio da União já está autorizado a providenciar a demolição do Palácio Monroe. Foi, portanto, vitoriosa a campanha desse jornal que há muito se empenhava no desaparecimento do monstrengo arquitetônico da Cinelândia. (...) O Monroe não tinha qualquer função e sua sobrevivência era condenada por todas as regras de urbanismo e de estética. Em seu lugar o Rio ganhará mais uma praça. Que essa boa noticia que coincide com o fim das obras de superfície do metrô da Cinelândia seja mais um estimulo à remodelação de toda essa área de presença tão marcante na historia do Rio de Janeiro".

Lúcio Costa: Arquiteto.

Defendia também a demolição do Monroe.

Costa defendia ferrenhamente a demolição de qualquer prédio que não apresentasse o modernismo brasileiro (de que ele foi expoente). Qualquer outro estilo se dependesse dele, seria alvo das marretas. Não importasse o estilo, art noveau, art decó, eclético. Para ele só deveriam ser preservados o colonial, o barroco português e o modernismo.

Costa chegou ao cúmulo de passar abaixo-assinados em associações de arquitetos para endossar a demolição do Monroe. Foi mal visto na época por seus colegas que nunca o perdoaram por esse gesto criminoso.

Os outros dois personagens citados acima aproveitaram dessa opinião de Costa e puseram em frente à operação de demolição do Monroe, sob a capa da legalidade.

Do lado oposto à demolição estavam arquitetos, o CREA, o Jornal do Brasil, o Juiz Federal Dr. Evandro Gueiros Leite (que sugeriu que o Monroe sediasse o Tribunal Federal de Recursos, que estava sem sede), o Serviço Nacional do Teatro, a Fundação Estadual dos Museus, a Secretaria Estadual de Educação, e várias outros entidades importantes e principalmente o povo carioca.

A Demolição

Os famosos leões de mármore foram levados para o Instituto Ricardo Brennand em Recife.

Depois de aprovada pelo Presidente General Ernesto Geisel, a demolição do premiado Palácio começou entre janeiro e março de 1976. Aos poucos, um importante pedaço da história de nosso país começava a virar pó, pedra e escombros.

A empresa que foi contratada para demolir o Monroe pagou apenas CR$ 191 Mil (cento e noventa e um mil cruzeiros) com direito de venda de todo o material. Com a venda do bronze e ferro do Monroe ela faturou CR$ 9 Milhões. Tudo foi vendido: vitrais, lustres de cristal, pinturas valiosas, estátuas de mármore de Carrara e bronze, móveis em jacarandá a balaustrada de mármore. Havia uma escada de ferro em caracol que foi vendida pela pechincha de CR$ 5, 00 (cinco cruzeiros), o metro. Sem contar muitas outras peças.

Grande parte do piso, com mais de 2000 metros quadrados, foi para o Japão. Tudo por causa do tipo de madeira: peroba do campo. Seis dos dezoito anjos de bronze foram parar na fazenda de Luiz Carlos Branco em Uberaba, além de alguns balcões de mármore e vitrais. Os leões que ficavam na escadaria na entrada do Monroe hoje estão no Instituto Ricardo Brennand em Recife, Pernambuco.

Terminada a demolição o terreno ficou vazio. As obras da Estação Cinelândia do Metrô continuavam. A partir daí, o Metrô tornou-se, erroneamente, o grande vilão de toda essa historia. E até hoje grande parte dos cariocas atribui a ele a demolição do Monroe. Cabe a nós fazer um trabalho de formiga e divulgar entre todos que conhecemos a verdadeira historia do fim do Palácio Monroe.

Os algozes do Monroe ficaram felizes e com certeza dormiram tranqüilamente pouco se importando com o ocorrido e com as pessoas que tentavam salvar o Palácio.

O Monroe não existia mais. Em seu lugar surgiu uma praça. Nela hoje está um belo chafariz que foi originalmente posto na Praça XV. Depois passou para a Praça Onze e terminou no lugar do Monroe pouco tempo depois da sua demolição. Chafariz belíssimo comprado na Áustria pelo Governo Imperial em 1878. Em homenagem ao Palácio é chamado de Chafariz do Monroe.

O atual Prefeito do Rio, Cesar Maia, lançou a idéia de reconstrução do Monroe. Ficou engavetada. Em 2002, durante a construção do estacionamento subterrâneo que se localiza debaixo da praça onde ele ficava operários encontraram uma caixa metálica contendo vários objetos relativos à construção do Monroe, entre esses objetos estavam uma pedra do Palácio e uma edição especial do Jornal do Brasil. Esse material foi entregue à Biblioteca Nacional. Esse foi o triste fim do Palácio Monroe. Destruído única e exclusivamente pelo sentimento de ódio e vingança de um homem, apoiado pela mídia mafiosa e manipuladora e pela idéia tresloucada de que o Monroe devia desaparecer por não ser um representante da arquitetura brasileira. O respeito pela história de um país, pelo esforço de quem o projetou do suor dos operários que o construíram e pelos apelos de inúmeras pessoas sensatas não foi sequer considerado.

Três homens puderam, pelo poder (mesmo que temporário), pisotear tudo e todos. O que resta agora são fotos, memórias, lembranças e lágrimas.

O vazio deixado pela demolição do Monroe

Então, toda vez que você estiver chegando ou saindo da Estação Cinelândia (em direção à Zona Sul) preste atenção na ligeira curva que o trem faz e lembre-se dessa frase publicada num manifesto contra a demolição: “... restará aos usuários do Metrô perceberem que, onde foi o Monroe, haverá uma misteriosa curva..."

Ubatuba - São Paulo

História de Ubatuba

O nome Ubatuba é de origem tupi-guarani e pode significar “sítio das canoas ou das canas” segundo Teodoso Sampaio.

Estudos da arqueóloga Dorath P. Uchoa efetuados nos sítios do Tenório e ilha do Mar Virado, no Saco da Ribeira comprovam que Ubatuba teve uma população de caçador-coletores antes do início da era crista. Os vestígios encontrados demonstram que eles andavam em bandos percorrendo as praias em busca de alimento marítimo para complementar a sua alimentação. Os objetos encontrados nos sítios estão no Museu da Fundart, em Ubatuba.

Os índios Tupinambás chamavam Ubatuba de Iperoig, que significa Rio das Perobas.

Em Ubatuba ocorreu uma batalha diplomática que foi decisiva para o futuro do Brasil. Tupinambás, franceses e portugueses disputavam à costa brasileira. Villegaignon com o apoio do rei da França Henrique II partiu do porto de Havre, e chegou ao Brasil em novembro de 1555, entrou pela baía de Guanabara, a intenção era instalar uma colônia francesa.

As relações dos franceses com os tupinambás eram amistosas e praticavam o escambo. Os franceses instigavam os tupinambás a lutar contra os portugueses. Os franceses se uniram aos índios com o intuito de garantir a instalação da colônia francesa em terras brasileiras.

Os índios hostilizavam os portugueses, pois eles queriam escravizá-los. E para lutarem contra os portugueses os índios tupinambás, comandados pelo chefe Cunhambebe, formaram uma aliança unindo tribos da costa entre Bertioga e Cabo Frio. Outros chefes, também, se uniram como Guaratinguaçu, Pindubuçu, Aimberê, Panabuçu, todos do Vale do Paraíba.

Após a aliança dos índios e a união destes aos franceses os portugueses tiveram que iniciar uma luta diplomática difícil e longa. Os escolhidos para a missão foram os jesuítas Manoel de Nóbrega e José de Anchieta que conseguiram após muito tempo de negociação a vitória.

A paz se consolidou com a construção da Igreja que foi ordenada por Cunhambebe e a assinatura do tratado de Paz de Iperoig em 14 de setembro de 1563 entre índios e portugueses.

Após o tratado de paz celebrado com os tupinambás os portugueses expulsaram os franceses e fundaram a cidade do Rio de Janeiro em 1567.

O fundador de Ubatuba foi um nobre dos Açores, Jordão Homem da Costa que chegou em 28 de outubro de 1637 quando criou o povoado. A seguir vieram Gonçalo Correa de Sá, Salvador Correa de Sá, Arthur de Sá, Belchior Cerqueira, Miguel Pires de Isasa, Antonio de Lucena, Inocêncio de Unhate e Miguel Gonçalves.

Nesta época os colonos ganhavam sesmarias e o compromisso com o Governo Português era o de defender as terras.

Com a chegada dos colonos os índios aos poucos foram expulsos e se refugiaram nas florestas para viverem livres, já que sempre foram perseguidos.

A cidade recém fundada prosperou com as fazendas. No centro urbano surgiram pequenas indústrias voltadas para atender o campo como: engenhos de açúcar, serrarias, fornos de olaria, estaleiros e embarcações.

O decreto do presidente da província de São Paulo, em 1787, determinou que toda embarcação usasse o Porto de Santos, já que os preços eram mais baratos. A partir desse decreto Ubatuba começou um processo de decadência, os fazendeiros abandonaram suas plantações e os que ficaram plantavam para a própria subsistência.

Com a vinda da Família Real Portuguesa para o Brasil D. João abriu os portos brasileiros ao comércio estrangeiro e beneficiou o porto de Ubatuba, a abertura dos portos brasileiros ao estrangeiro foi uma imposição da Inglaterra.

O progresso voltou à cidade ressurgindo os cultivos da cana, fumo e cereais. Com isso o Porto de Ubatuba intensificou o seu movimento passando a ser o primeiro lugar no litoral norte.

A construção da estrada que ligava Ubatuba ao Vale do Paraíba pela serra via Taubaté, auxiliou esse crescimento, já que o escoamento dos produtos levava menos tempo.

Vários casarões e sobrados faziam parte da arquitetura da cidade, porém em nome do progresso todos foram demolidos permanecendo só o Casarão do Porto, antiga residência e armazém de Manoel Baltazar Fortes; hoje sede da FUNDART - Fundação de Arte e Cultura.

O apogeu de Ubatuba ocorreu durante o Império até o início da República. A construção da estrada de ferro D. Pedro II entre o Rio de Janeiro e São Paulo resultaram na transferência das exportações para o porto de Santos, o que trouxe nova crise para a cidade.

O Banco de Taubaté e uma Companhia Construtora tentaram efetuar a construção de uma ferrovia entre Taubaté e Ubatuba, porém o Presidente Floriano Peixoto suspendeu a garantia de juros sobre o valor do material já importado o que provocou a falência do Banco de Taubaté e da Companhia Construtora.

Sem a perspectiva de construção da estrada de ferro Ubatuba decaiu sua população diminuiu. A estrada que ligava Taubaté a Ubatuba com a decadência da cidade e sumiu no meio da mata. O acesso a Ubatuba se dava por um navio que passava de dez em dez dias, a precariedade de transporte transformou Ubatuba em uma cidade isolada. Não havia estrada terrestre ao longo do litoral, e toda a comunicação era feita através de canoas. A falta de acesso fez a tentativa de atrair colonos europeus fracassar.

A energia chegou em 1969 depois da instalação da Petrobrás em São Sebastião.

O isolamento de Ubatuba só beneficiou a sua beleza natural que permaneceu intacta e hoje ela pode oferecer um litoral com praias lindas. O litoral vasto fez com que a cidade investisse no turismo. Ubatuba tem uma excelente infra-estrutura turística, uma ampla oferta gastronômica e oferece uma noite bem movimentada. Seu comércio é bom atendendo as necessidades turísticas.

Hoje o turismo é a maior fonte de renda do Município de Ubatuba. O turismo Ecológico-Ambiental, de Aventura e Cultural, estão sendo praticado já que Ubatuba possui um vasto Patrimônio Natural e Histórico-Cultural: fauna e flora da Mata Atlântica, mais de 80 praias (Continente e Ilhas), cachoeiras, ruínas de antigas fazendas, antigas construções no centro do Município, sua História e sua Cultura Popular, além do Patrimônio Humano: caiçaras quilombolas e índios Guaranis.

Caiçara

Na entrada da cidade tem uma estátua em homenagem ao Caiçara. Caiçara palavra de origem tupi e se refere aos habitantes das zonas litorâneas. Esse termo é muito utilizado nos estados de São Paulo, Paraná e sul do Rio de Janeiro.

No início era utilizado para indicar o indivíduo que vivia da pesca de subsistência, mas como tempo se estendeu e passou a designar os moradores de zonas costeiras.

Da miscigenação de brancos de origem portuguesa e indígenas que começou a ocorre a no século XVI surgiram às comunidades caiçaras. De Eliana Rocha

Bibliografia: Folclore Brasileiro / Nilza B. Megale - Petrópolis: Editora Vozes, 1999. Brasil, Histórias, Costumes e Lendas / Alceu Maynard Araújo - São Paulo: Editora três, 2000. Site da Prefeitura de Ubatuba http://www.ubatuba.sp.gov.br/

Antonina

Na época do Ciclo do Ouro, século XVI, surgiu Paranaguá e no século seguinte as vilas de Antonina e Morretes. Os fundadores de Antonina são os Senhores Antônio Leão, Pedro Uzeda e Manuel Duarte as terras foram concedidas pelo capitão-provedor Gabriel Lara sesmeiro de Nova Vila (Paranaguá). Em 12 de setembro de 1714 foi construída a Capela em homenagem a Virgem do Pilar com autorização do Frei Francisco de São Jerônimo, bispo do Rio de Janeiro sendo essa data considerada como Fundação de Antonina. Seu nome é uma homenagem ao Príncipe D. Antônio.Na época da erva-mate o seu terminal portuário foi o quarto do Brasil e recentemente foi reativado para o escoamento de carga geral. O nome do porto é Barão de Tefé. Possui uma baía mais adentrada ao litoral brasileiro e suas águas são propícias aos esportes aquáticos. É uma cidade tranqüila que traz a história no seu conjunto arquitetônico, sua população conserva suas tradições culturais e religiosas. Possui uma beleza paisagística e oferece diversos atrativos turísticos. Informação através de Guia na Cidade de Antonina Fotos e Texto Eliana Rocha

Morretes

FOTOS DA CIDADE DE MORRETES
Morretes
Por volta de 1646, na localidade onde se situa a cidade de Morretes, viveram os primeiros moradores que eram aventureiros e mineradores oriundos de vilas paulistas. Nos rios do Pinto, Marumbi e Cubatão foram descobertas jazidas de ouro. Em 1721 o Ouvidor Rafael Pires Pardinho determinou que demarcasse 300 braças em quadra no local onde seria o futuro povoado. A câmara determinou a demarcação das terras em 31 de outubro de 1733. O primeiro morador foi o Sr. João de Almeida. Depois veio para o povoado o Capitão Antônio Rodrigues de Carvalho e sua mulher, D. Maria Gomes Setúbal, o casal construiu uma capela em homenagem a Nossa Senhora do Porto e Menino Deus dos Três Morretes. O Sr. João de Almeida se dedicava a fabricação de cachaça, que era exportada para Portugal. Em 1841 foi elevado à categoria de Município. A Lei Provincial nº 16 determinou que fosse desmembrada de Antonina. Em 1879 a Lei Provincial nº 188 determinou que o município se chamasse Nhundiaquara. Volta a se chamar Morretes com a Lei nº 227 de 07 de abril de 1870. O Rio Nhundiaquara corta a cidade, Nhundiaquara significa peixe empoçado. No século XIX Morretes foi uma cidade próspera, já que todo o comércio entre o planalto e o litoral passava por ela. Em 1811 com a erva-mate teve o seu momento de maior progresso. Com a construção da estrada de Ferro do Paraná a cidade caiu em decadência. A reativação da ferrovia e seu uso voltado para o turismo trouxeram nova perspectiva para Morretes. Os turistas são atraídos pelos seus famosos restaurantes que oferecem um prato típico de origem açoriano chamado Barreado. Seus casarões são antigos e bem preservados. Lá encontramos a casa de Rocha Pombo que foi restaurada e se transformada em biblioteca pública, uma homenagem ao ilustre historiador, jornalista e escritor. Seu artesanato, o aspecto bucólico e pacato faz da cidade um mimo e passear por suas ruas é um prazer. Texto e fotos de Eliana Rocha Pesquisa na internet no site da prefeitura da cidade.

Curitiba

Curitiba
A região era uma grande floresta onde as araucárias eram abundantes. Os primeiros habitantes eram os tupis-guaranis e se referiam as árvores como “Curii Tiba” que significa Pinheiral. Povos ceramistas de tradição Itararé viviam no planalto Curitiba na Era Cristã. No início do século XVI os europeus conquistam os planaltos do Sul e Sudeste do Brasil. As expedições portuguesas e espanholas vinham em busca de metais, pedras preciosas e índios para escravizar. A expedição de Pêro Lobo, em 1531, descobriu os campos de Curitiba. A expedição bandeirante partiu de Cananéia na região dos Incas em busca de metais preciosos. Eles seguiam uma trilha indígena e acabaram sendo dizimados pelos índios guaranis perto de Foz do Iguaçu quando atravessavam o Rio Paraná. A informação da existência de minas de ouro nos campos de Curitiba atraiu os primeiros garimpeiros em meados do século XVI. Uma expedição exploratória comandada por Ébano Pereira, capitão das canoas de guerra da Costa do Sul, em 1649, subiu os rios atingindo o planalto em busca do ouro. Recrutou pessoal na Vila de Nossa Senhora do Rosário de Paranaguá e inicialmente se fixaram a margem esquerda do Rio Atuba onde hoje existem os bairros de Vila Perneta e Alto. Algum tempo depois eles se mudaram para as margens do Rio Ivo, atual centro de Curitiba. A instalação do pelourinho era uma condição para a criação de uma vila, em 1668 foi dada autorização para que fosse construído o pelourinho. Pelourinho era um poste de madeira com argolas de ferro onde os condenados eram amarrados e chicoteados, normalmente era construído em praça pública. Como não houve eleição para as autoridades públicas não pode ser instalada a justiça o que impossibilitou a criação da vila. Em 29 de março de 1693 ocorreu a primeira eleição de autoridade pública que foi promovida pelo capitão-povoador Matheus Leme. Passando o povoado a condição de Vila de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais. Em 1701 veio a se chamar Vila Curitiba. O comércio da região foi impulsionado no início do século XVIII pela passagem das caravanas de tropeiros um caminho aberto para o transporte de gado desde o Rio Grande do Sul, até a baixada paulista e os campos de Minas Gerais. Alavancada por esse comércio intenso Curitiba ultrapassou Paranaguá e assume a sede da Comarca em 1812. Em 1842 Curitiba passou a categoria de cidade. O Paraná fazia parte da comarca de São Paulo sendo emancipado em 19 de dezembro de 1853 e passou a ser Província do Paraná. Com isso Curitiba se transforma em capital da província esse fato ocorreu em 26 de julho de 1854. Monolito O monolito que representa o poder legalmente constituído do governo português e a distinção de Curitiba como Vila em 29 de março de 1693 se encontra na Praça Tiradentes. O monolito tem a Cruz de Cristo esculpida que era o símbolo da Ordem Militar de Cristo, instituída pelo Rei D. Diniz de Portugal no século XIV. Bebedouro do Largo da Ordem O bebedouro data de meados do século XVII é construído em pedra, com uma bacia de ferro. Tropeiros e fazendeiros paravam para dar de beber aos seus animais. Curitiba atraiu uma grande quantidade de imigrantes europeus e asiáticos no século XIX, o que propiciou uma grande transformação para a cidade. Em 1833 chegaram os alemães, poloneses, italianos, ucranianos e orientais mais ao final do século. Curitiba passou a ter uma grande mistura de povos Com os imigrantes é inserida nova mentalidade alterando os ideais da população tradicional. Sendo inserida a tecnologia na agricultura, criação de ferrovias e rodovias. A idéia de sindicato e cooperativas surgindo a “caixa socorro”. A influência das diversas culturas se reflete na arquitetura alterando o aspecto da cidade. Os planos urbanos pós-Província, Taulois, Agache, anos 40 e Seret/IPPUC de 1965/1970 trouxeram grandes modificações em Curitiba: urbana, cultural, ambiental e econômica. Através desse processo foi possível organizar uma estrutura viária, a normatização de ocupação do solo, a implantação de um sistema eficiente de transporte coletivo, implantação de um programa de proteção ao meio ambiente atingindo um excelente nível de qualidade de vida. Possui uma população de mais de 1 milhão e meio de habitantes e tem 55m² de área verde por habitante. Curitiba Possui 26 grandes parques e bosques, centenas de praças e pequenos jardins. Os programas de educação ambiental e reciclagem do lixo e toda essa área verde lhe proporcionaram o título de Capital Ecológica do Brasil. Curitiba tem um eficiente sistema de transporte coletivo que se divide em ônibus da linha direta, os populares e as estações-tubo com os ônibus biarticulados que transportam 270 passageiros. A base da economia de Curitiba, hoje, são as indústrias de transformação e beneficiamento, comércio, turismo e prestação de serviços.
Curitiba em 2007
A cidade apresenta um plano urbanístico moderno que traz grande facilidade de locomoção. Seus bosques, parques e jardins são magníficos proporcionando a população espaço para interagir com a natureza. O seu sistema de transporte é invejável levando seus usuários, prontamente, a toda a cidade. Com relação à cultura Curitiba está de parabéns há diversas casas com exposições gerais, muitas livrarias e museus. Para o turismo a infra-estrutura é de primeiro mundo, grandes hotéis, uma grande oferta de passeios para todos os gostos. O atendimento ao turista é excelente. A cidade é maravilhosa. Sendo detentora de uma grande qualidade de vida, Curitiba atraiu uma gama imensa de pessoas, que vem em busca dessas qualidades. Com essa adesão humana a densidade demográfica aumentou, criando uma periferia idêntica a qualquer grande metrópole. As favelas já se fazem presentes e a degradação do meio ambiente também. Construção sem controle é o grande problema dos governos e é uma síndrome que aumenta a cada minuto. E a pobre Curitiba não escapou. Com o aumento da população cresce a construção irregular, cresce a mão-de-obra inadequada, a invasão de áreas de preservação ambiental é maior, a fome passa a fazer parte do cotidiano e para coroar, essa falta de controle, vem à criminalidade. Esses problemas são visíveis em toda parte, pedintes, camelos irregulares, poluição enfim todos os problemas que qualquer cidade passa. Aliado ao alto custo de vida. Já não é tão grande a qualidade de vida em Curitiba em alguns bairros.

Texto de Eliana Rocha Fotos de Eliana e Internet

Rio de Janeiro III

Teatro Municipal do Rio de Janeiro

O teatro Municipal da cidade do Rio de Janeiro fica voltado para o mar. Sua construção ocorreu entre 1904 e 1909 e com seu estilo eclético realça a paisagem do centro do Rio. Para a realização da construção foi feito um concurso de projetos arquitetônicos. Ao final o primeiro e segundo lugar resolve fundir as propostas o engenheiro Francisco de Oliveira Passos e os arquitetos franceses Albert Gilbert e René Barba foram os responsáveis por obra tão magnífica.

História da Rua do Lavradio

Ela foi aberta em 1771 pelo Marquês do Lavradio, que assumiu o Vice-Reinado em 1769, substituindo o Conde de Azambuja. Ele estava implantando saneamento na área. Em carta enviada ao Marques de Vila Verde, em 20 de fevereiro de 1770, reclama da atribuição que recebera “é uma terra toda cheia de pântanos, rodeada de inacessíveis montes, sendo raro o sitio que cavando de quatro palmos de profundidade não se encontre logo infinita água; conservam-se todo o ano infinitas lagoas, as quais, com extraordinário calor do sol se lhes corrompem as águas, onde nasce estarmos respirando do ar sumamente impuro; o calor é tão extensivo que ainda quando se está em casa sem fazer nenhum excesso se está continuamente metido em suor ... e a preguiça destes habitantes é sumamente extraordinária, e esta os está reduzindo à decadência e à miséria."

A Rua do Lavradio foi um dos pontos mais nobres do Rio no Império e na primeira metade do século passado. Seis teatros foram abertos nesse período no lugar.

Moraram na Rua do Lavradio diversas pessoas ligadas à vida artística, política e social como:

· O encarregado de negócios da França, M. Pontois possuía uma chácara.

· O Marquês de Cantagalo em 1829,

· O Conde de Caxias em 1852,

· A artista Jesuína Montani (rival de Dorsat),

· O tipógrafo Eduardo Laemmert em 1843,

· O Regente do Império Araújo Lima (Marquês de Olinda),

· O Visconde de Jaguari,

· Antônio Saldanha da Gama,

· José Joaquim Sequeira,

· O ator João Caetano.

· O engenheiro André Rebouças

· O engenheiro Vieira Souto,

· O médico José Pereira Rego (Barão do Lavradio).

Na Rua existiam diversas casas de espetáculo e teatros que foram desativados desaparecendo com o tempo entre eles o Theatro Circo, inaugurado em 1876 e o Theatro Edem-Lavradio, de 1895.

Lavradio Hoje

A Rua do Lavradio abriga desde 1997 a Feira do Rio Antigo, que já se tornou uma tradicão. Sua atividade cultural está em total atividade. Temos, também, os antiquários e famosos “botecos”.

Mudanças efetuadas no Rio de Janeiro

O prefeito Pereira Passos com o apoio do presidente Rodrigues Alves reconstruiu a cidade à moda de Paris e a obra incluiu a abertura de vias como segue:

· Da Avenida Central, hoje Av. Rio Branco;

· Do Canal do Mangue;

· Das Avenidas Rodrigues Alves,

· Paulo de Frontin,

· Salvador de Sá e

· Beira-Mar;

· A Boulevard de São Cristóvão

· E do Túnel Novo, para dar acesso às novas áreas próximas do mar.

Além dessas construções o cientista Oswaldo Cruz desenvolveu um trabalho de proteção sanitária visando a erradicar a febre amarela.

O centro da cidade se deslocou da Rua do Ouvido para a região nova. Vários prédios foram construídos na nova Avenida como: o Teatro Municipal, a Biblioteca Nacional, a Escola de Belas Artes, entre outros, o estilo francês era predominante.

Praça Floriano ou Cinelândia

A Praça Floriano localiza-se no final da Avenida Rio Branco e é cercada por prédios como a Biblioteca Nacional, a Câmara Municipal, o antigo Supremo Tribunal Federal, do Palácio Monroe e do Teatro Municipal. O empresário Francisco Serrador, espanhol radicado no Brasil, proprietário de cassinos e hotéis tem a idéia de transformar a nova praça numa “Times Square” carioca.

O nome Cinelândia se popularizou nos anos 30 por ter a praça muitas salas de cinema. Era um centro de diversão popular e contava com dezenas de teatros, cinemas, boates, bares e restaurantes.

As manifestações políticas trouxeram notoriedade para a Cinelândia era o palco predileto dos manifestantes. Ainda hoje permanece sendo o tablado de políticos ativistas tanto de esquerda como direita.

As salas de exibição foram sendo fechadas em função da concorrência com os Shoppings Center, restando só os cinemas Odeon e Palácio.

A Praça Floriano conta com construções em diversos estilos arquitetônicos como segue:

· Em estilo eclético temos:

Teatro Municipal,

Do Museu Nacional de Belas Artes,

O antigo Supremo Tribunal Federal (atualmente Centro Cultural da Justiça Federal) e

A Câmara de Vereadores.

· Em estilo Neo-Clássico temos:

Biblioteca Nacional.

· Em estilos Arte Noveau e Arte Decó temos:

Edifícios Wolfgang Amadeus Mozart (conhecido popularmente como Amarelinho) e

Odeon.

No centro temos o monumento em homenagem a Marechal Floriano que foi inaugurado em 1910.

No final dos anos 70 a praça sofreu muitas mudanças em função das obras do metrô. A demolição do Palácio Monroe, antiga sede do Senado Federal, sem grandes esclarecimentos ( quem determinou a demolição foi o governo da ditadura militar) privou o futuro de uma obra arquitetônica belíssima. Onde ficava o palácio temos, hoje, um chafariz que é conhecido como “Chafariz do Monroe”.

Por que a Demolição?

A construção do Metrô do Rio de Janeiro, em 1974, não foi o motivo para a demolição. O projeto original foi alterado para não afetar as fundações do palácio, o governo estadual solicitou o tombamento do prédio.

Quem demoliu o Palácio Monroe, o Jornal O Globo ou a Ditadura?

Quem determinou a demolição foi o Presidente Ernesto Geisel, um ditador, mas foi ele o idealizador ou só atendeu pedidos?

O Jornal o Globo com o apoio do arquiteto Lúcio Costa fizeram maciça campanha para a demolição do Palácio qual terá sido motivo?

O Globo e o arquiteto alegaram que o prédio era um “monstrengo” e que atrapalhava o transito.

O presidente declara que o prédio "atrapalhava a visão do Monumento aos Mortos da Segunda Guerra Mundial". As alegações são completamente esdrúxula e aparentemente uma desculpa tola. Será que descobriremos o real motivo? Quem será que ganhou com a demolição?

Pesquisa efetuada em Jornais, sites da Internet. Fotos da Internet e de minha autoria Texto Eliana Rocha