Teatro Municipal do Rio de Janeiro
O teatro Municipal da cidade do Rio de Janeiro fica voltado para o mar. Sua construção ocorreu entre 1904 e 1909 e com seu estilo eclético realça a paisagem do centro do Rio. Para a realização da construção foi feito um concurso de projetos arquitetônicos. Ao final o primeiro e segundo lugar resolve fundir as propostas o engenheiro Francisco de Oliveira Passos e os arquitetos franceses Albert Gilbert e René Barba foram os responsáveis por obra tão magnífica.
História da Rua do Lavradio
A Rua do Lavradio foi um dos pontos mais nobres do Rio no Império e na primeira metade do século passado. Seis teatros foram abertos nesse período no lugar.
Moraram na Rua do Lavradio diversas pessoas ligadas à vida artística, política e social como:
· O encarregado de negócios da França, M. Pontois possuía uma chácara.
· O Marquês de Cantagalo em 1829,
· O Conde de Caxias em 1852,
· A artista Jesuína Montani (rival de Dorsat),
· O tipógrafo Eduardo Laemmert em 1843,
· O Regente do Império Araújo Lima (Marquês de Olinda),
· O Visconde de Jaguari,
· Antônio Saldanha da Gama,
· José Joaquim Sequeira,
· O ator João Caetano.
· O engenheiro André Rebouças
· O engenheiro Vieira Souto,
· O médico José Pereira Rego (Barão do Lavradio).
Na Rua existiam diversas casas de espetáculo e teatros que foram desativados desaparecendo com o tempo entre eles o Theatro Circo, inaugurado em 1876 e o Theatro Edem-Lavradio, de 1895.
Lavradio Hoje
A Rua do Lavradio abriga desde 1997 a Feira do Rio Antigo, que já se tornou uma tradicão. Sua atividade cultural está em total atividade. Temos, também, os antiquários e famosos “botecos”.
Mudanças efetuadas no Rio de Janeiro
O prefeito Pereira Passos com o apoio do presidente Rodrigues Alves reconstruiu a cidade à moda de Paris e a obra incluiu a abertura de vias como segue:
· Da Avenida Central, hoje Av. Rio Branco;
· Do Canal do Mangue;
· Das Avenidas Rodrigues Alves,
· Paulo de Frontin,
· Salvador de Sá e
· Beira-Mar;
· A Boulevard de São Cristóvão
· E do Túnel Novo, para dar acesso às novas áreas próximas do mar.
Além dessas construções o cientista Oswaldo Cruz desenvolveu um trabalho de proteção sanitária visando a erradicar a febre amarela.
O centro da cidade se deslocou da Rua do Ouvido para a região nova. Vários prédios foram construídos na nova Avenida como: o Teatro Municipal, a Biblioteca Nacional, a Escola de Belas Artes, entre outros, o estilo francês era predominante.
Praça Floriano ou Cinelândia
A Praça Floriano localiza-se no final da Avenida Rio Branco e é cercada por prédios como a Biblioteca Nacional, a Câmara Municipal, o antigo Supremo Tribunal Federal, do Palácio Monroe e do Teatro Municipal. O empresário Francisco Serrador, espanhol radicado no Brasil, proprietário de cassinos e hotéis tem a idéia de transformar a nova praça numa “Times Square” carioca.
O nome Cinelândia se popularizou nos anos 30 por ter a praça muitas salas de cinema. Era um centro de diversão popular e contava com dezenas de teatros, cinemas, boates, bares e restaurantes.
As manifestações políticas trouxeram notoriedade para a Cinelândia era o palco predileto dos manifestantes. Ainda hoje permanece sendo o tablado de políticos ativistas tanto de esquerda como direita.
As salas de exibição foram sendo fechadas em função da concorrência com os Shoppings Center, restando só os cinemas Odeon e Palácio.
A Praça Floriano conta com construções em diversos estilos arquitetônicos como segue:
· Em estilo eclético temos:
Teatro Municipal,
Do Museu Nacional de Belas Artes,
O antigo Supremo Tribunal Federal (atualmente Centro Cultural da Justiça Federal) e
A Câmara de Vereadores.
· Em estilo Neo-Clássico temos:
Biblioteca Nacional.
· Em estilos Arte Noveau e Arte Decó temos:
Edifícios Wolfgang Amadeus Mozart (conhecido popularmente como Amarelinho) e
Odeon.
No centro temos o monumento em homenagem a Marechal Floriano que foi inaugurado em 1910.
No final dos anos 70 a praça sofreu muitas mudanças em função das obras do metrô. A demolição do Palácio Monroe, antiga sede do Senado Federal, sem grandes esclarecimentos ( quem determinou a demolição foi o governo da ditadura militar) privou o futuro de uma obra arquitetônica belíssima. Onde ficava o palácio temos, hoje, um chafariz que é conhecido como “Chafariz do Monroe”.
Por que a Demolição?
A construção do Metrô do Rio de Janeiro, em 1974, não foi o motivo para a demolição. O projeto original foi alterado para não afetar as fundações do palácio, o governo estadual solicitou o tombamento do prédio.
Quem demoliu o Palácio Monroe, o Jornal O Globo ou a Ditadura?
Quem determinou a demolição foi o Presidente Ernesto Geisel, um ditador, mas foi ele o idealizador ou só atendeu pedidos?
O Jornal o Globo com o apoio do arquiteto Lúcio Costa fizeram maciça campanha para a demolição do Palácio qual terá sido motivo?
O Globo e o arquiteto alegaram que o prédio era um “monstrengo” e que atrapalhava o transito.
O presidente declara que o prédio "atrapalhava a visão do Monumento aos Mortos da Segunda Guerra Mundial". As alegações são completamente esdrúxula e aparentemente uma desculpa tola. Será que descobriremos o real motivo? Quem será que ganhou com a demolição?
Nenhum comentário:
Postar um comentário