domingo, 16 de dezembro de 2007

Rio de Janeiro III

Teatro Municipal do Rio de Janeiro

O teatro Municipal da cidade do Rio de Janeiro fica voltado para o mar. Sua construção ocorreu entre 1904 e 1909 e com seu estilo eclético realça a paisagem do centro do Rio. Para a realização da construção foi feito um concurso de projetos arquitetônicos. Ao final o primeiro e segundo lugar resolve fundir as propostas o engenheiro Francisco de Oliveira Passos e os arquitetos franceses Albert Gilbert e René Barba foram os responsáveis por obra tão magnífica.

História da Rua do Lavradio

Ela foi aberta em 1771 pelo Marquês do Lavradio, que assumiu o Vice-Reinado em 1769, substituindo o Conde de Azambuja. Ele estava implantando saneamento na área. Em carta enviada ao Marques de Vila Verde, em 20 de fevereiro de 1770, reclama da atribuição que recebera “é uma terra toda cheia de pântanos, rodeada de inacessíveis montes, sendo raro o sitio que cavando de quatro palmos de profundidade não se encontre logo infinita água; conservam-se todo o ano infinitas lagoas, as quais, com extraordinário calor do sol se lhes corrompem as águas, onde nasce estarmos respirando do ar sumamente impuro; o calor é tão extensivo que ainda quando se está em casa sem fazer nenhum excesso se está continuamente metido em suor ... e a preguiça destes habitantes é sumamente extraordinária, e esta os está reduzindo à decadência e à miséria."

A Rua do Lavradio foi um dos pontos mais nobres do Rio no Império e na primeira metade do século passado. Seis teatros foram abertos nesse período no lugar.

Moraram na Rua do Lavradio diversas pessoas ligadas à vida artística, política e social como:

· O encarregado de negócios da França, M. Pontois possuía uma chácara.

· O Marquês de Cantagalo em 1829,

· O Conde de Caxias em 1852,

· A artista Jesuína Montani (rival de Dorsat),

· O tipógrafo Eduardo Laemmert em 1843,

· O Regente do Império Araújo Lima (Marquês de Olinda),

· O Visconde de Jaguari,

· Antônio Saldanha da Gama,

· José Joaquim Sequeira,

· O ator João Caetano.

· O engenheiro André Rebouças

· O engenheiro Vieira Souto,

· O médico José Pereira Rego (Barão do Lavradio).

Na Rua existiam diversas casas de espetáculo e teatros que foram desativados desaparecendo com o tempo entre eles o Theatro Circo, inaugurado em 1876 e o Theatro Edem-Lavradio, de 1895.

Lavradio Hoje

A Rua do Lavradio abriga desde 1997 a Feira do Rio Antigo, que já se tornou uma tradicão. Sua atividade cultural está em total atividade. Temos, também, os antiquários e famosos “botecos”.

Mudanças efetuadas no Rio de Janeiro

O prefeito Pereira Passos com o apoio do presidente Rodrigues Alves reconstruiu a cidade à moda de Paris e a obra incluiu a abertura de vias como segue:

· Da Avenida Central, hoje Av. Rio Branco;

· Do Canal do Mangue;

· Das Avenidas Rodrigues Alves,

· Paulo de Frontin,

· Salvador de Sá e

· Beira-Mar;

· A Boulevard de São Cristóvão

· E do Túnel Novo, para dar acesso às novas áreas próximas do mar.

Além dessas construções o cientista Oswaldo Cruz desenvolveu um trabalho de proteção sanitária visando a erradicar a febre amarela.

O centro da cidade se deslocou da Rua do Ouvido para a região nova. Vários prédios foram construídos na nova Avenida como: o Teatro Municipal, a Biblioteca Nacional, a Escola de Belas Artes, entre outros, o estilo francês era predominante.

Praça Floriano ou Cinelândia

A Praça Floriano localiza-se no final da Avenida Rio Branco e é cercada por prédios como a Biblioteca Nacional, a Câmara Municipal, o antigo Supremo Tribunal Federal, do Palácio Monroe e do Teatro Municipal. O empresário Francisco Serrador, espanhol radicado no Brasil, proprietário de cassinos e hotéis tem a idéia de transformar a nova praça numa “Times Square” carioca.

O nome Cinelândia se popularizou nos anos 30 por ter a praça muitas salas de cinema. Era um centro de diversão popular e contava com dezenas de teatros, cinemas, boates, bares e restaurantes.

As manifestações políticas trouxeram notoriedade para a Cinelândia era o palco predileto dos manifestantes. Ainda hoje permanece sendo o tablado de políticos ativistas tanto de esquerda como direita.

As salas de exibição foram sendo fechadas em função da concorrência com os Shoppings Center, restando só os cinemas Odeon e Palácio.

A Praça Floriano conta com construções em diversos estilos arquitetônicos como segue:

· Em estilo eclético temos:

Teatro Municipal,

Do Museu Nacional de Belas Artes,

O antigo Supremo Tribunal Federal (atualmente Centro Cultural da Justiça Federal) e

A Câmara de Vereadores.

· Em estilo Neo-Clássico temos:

Biblioteca Nacional.

· Em estilos Arte Noveau e Arte Decó temos:

Edifícios Wolfgang Amadeus Mozart (conhecido popularmente como Amarelinho) e

Odeon.

No centro temos o monumento em homenagem a Marechal Floriano que foi inaugurado em 1910.

No final dos anos 70 a praça sofreu muitas mudanças em função das obras do metrô. A demolição do Palácio Monroe, antiga sede do Senado Federal, sem grandes esclarecimentos ( quem determinou a demolição foi o governo da ditadura militar) privou o futuro de uma obra arquitetônica belíssima. Onde ficava o palácio temos, hoje, um chafariz que é conhecido como “Chafariz do Monroe”.

Por que a Demolição?

A construção do Metrô do Rio de Janeiro, em 1974, não foi o motivo para a demolição. O projeto original foi alterado para não afetar as fundações do palácio, o governo estadual solicitou o tombamento do prédio.

Quem demoliu o Palácio Monroe, o Jornal O Globo ou a Ditadura?

Quem determinou a demolição foi o Presidente Ernesto Geisel, um ditador, mas foi ele o idealizador ou só atendeu pedidos?

O Jornal o Globo com o apoio do arquiteto Lúcio Costa fizeram maciça campanha para a demolição do Palácio qual terá sido motivo?

O Globo e o arquiteto alegaram que o prédio era um “monstrengo” e que atrapalhava o transito.

O presidente declara que o prédio "atrapalhava a visão do Monumento aos Mortos da Segunda Guerra Mundial". As alegações são completamente esdrúxula e aparentemente uma desculpa tola. Será que descobriremos o real motivo? Quem será que ganhou com a demolição?

Pesquisa efetuada em Jornais, sites da Internet. Fotos da Internet e de minha autoria Texto Eliana Rocha

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