Campos do Jordão
Campos do Jordão Antigo
Período da Cura (1874 - 1940)
Campos do Jordão tinha um clima ideal para as pessoas que sofriam de problemas pulmonares. Essas pessoas eram chamadas de “respirantes”.
O português Matheus da Costa Pinto, morador de Pindamonhangaba, comprou, em 29 de abril de 1874, terras a beira do rio Imbiri, montou uma pensão e vendinha para “respirantes” e pouso dos forasteiros. Montou escola e uma capela em honra a São Matheus. Fundando, assim, a Vila São Matheus do Imbiri o embrião de Campos do Jordão. O povoado progrediu e transformou-se em vila Velha e mais tarde Vila Jaguaribe, em homenagem ao Dr. Domingos José Nogueira Jaguaribe Filho.
Outras vilas foram surgindo: A Vila Abernéssia fundada em 1911 pelo escocês Robert John Reid. O nome Abernéssia é uma montagem de: Aberdeen cidade onde nasceu; Inverness cidade de seu pai na Escócia; ia de Escócia gerando: Aber +ness+ia = Abernéssia. Vila Capivari fundada em 1911 pelos médicos higienistas Marcondes Ribas e Victor Godinho. Em 1922 o Embaixador José Carlos de Macedo Soares comprou as terras dos médicos e fundou a Companhia de Melhoramentos Capivari que edificou a bela vila. Emílio Ribas, Victor Godinho e o empreiteiro Sebastião de Oliveira Damas iniciaram a construção da E. F. Campos do Jordão que une o Vale do Paraíba a Campos do Jordão, por falta de recursos a obra foi paralisada. Em 1915 o Presidente do Estado, Francisco de Paula Rodrigues Alves encampou a Ferrovia, terminando a obra. O município de Campos do Jordão se independeu de São Bento do Sapucaí em 16 de junho de 1934 e detém área de 269 quilômetros quadrados e tem um clima tropical de montanha.
Período do Turismo (1940 - 1980)
Campos do Jordão fica a 1700 metros de altitude e pesquisas cientificas identificaram que seu clima é superior a Davos Platz, nos Alpes Suíços. O teor oxigenação e pureza do ar é um dos melhores do mundo. Sua temperatura chega a 5 graus negativos no inverno. O acesso ferroviário liga Pindamonhangaba a Campos do Jordão através da serra, a parada Cacique é onde se encontra o ponto ferroviário mais alto do Brasil. A ferrovia é a única que funciona por sistema de simples aderência, sem cremalheiras.
Campos de Jordão a Suíça Brasileira curou muita gente de doenças pulmonares.
Oferece sua famosa malharia, chocolate, doces e compotas, resina dos pinheiros e águas minerais, mas continua sendo a capital da saúde do Brasil.
Atualmente – 2007
Campos do Jordão moderno e bonito para o turista
Cidade muito bonita, realmente a Suíça Brasileira. Uma vegetação exuberante, um clima excelente. A cidade é um mimo, sua arquitetura é fantástica. É uma cidade bem cuidada para receber o seu turista.
Campos do Jordão sem cuidado com a natureza
Precisa haver um cuidado, não para o turista, e sim para manutenção da natureza.
O progresso é voraz e acaba sempre destruindo.
Um dos pontos mais bonitos da cidade o Pico do Itapeva que tem uma vista magnífica está totalmente abandonado.
O antigo “camelô” que vendia suas mercadorias em bancas pequenas e desmontáveis não atrapalhava a visão, deslumbrante, do Pico. Integravam-se a paisagem, faziam parte do ponto turístico sem degradar.
Hoje, com o progresso, foram construídas lojas, muitas lojas. Se é que se pode chamar de loja, já que parece um amontoado de barracos, uma favelização comercial. Com isso a visão deixou de existir. Esse é o povo depredador.
O mirante que havia foi substituído por diversas torres: de telefonia, de televisão, e etc. Aqui o Estado depredador.
Para onde foi à linda vista?
Para o brejo.
O visitante tem que se espremer entre as lojas e cantinhos, que não conseguiram ser ocupado, para ver o lindo e cantado panorama.
Progresso associado ao maior defeito desse animal chamado homem que é depredar acaba com tudo.
Quem tem a sorte de ver alguma coisa, ainda, tire muitas fotos para mostrar aos seus descendentes como era.
Os rios da cidade estão poluídos, não existe mais aquela água límpida e seus peixes.
Em toda a parte há plásticos e lixo jogados.
Se houver vontade política e união do Estado e população poderão fazer um trabalho para recuperar a exuberância da natureza.
A degradação ambiental, ainda, não chegou ao máximo e pode ser recuperado, basta interesse político.
Se essa vontade política ocorrer teremos de volta Campos do Jordão em toda sua plenitude.
Vamos torcer para que a população e Instituições acordem.
Texto de Eliana Rocha
Fotos da Internet e Eliana Rocha
Bibliografia: Pedro Paulo Filho – História de Campos do Jordão
Um comentário:
Realmente Campos do Jordão é uma cidade maravilhosa, entretanto a participação da população em questões básicas, como a coleta de lixo, é lamentável. Cidadania aqui é palavrão. Todos só enxergam o próprio umbigo, e as fantásticas paisagens naturais sofrem os mais diversos ataques.
Foi muito bom encontrar alguém que tb incomodou-se com a questão do lixo espalhado, numa cidade que tem tudo para ser um exemplo.
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