Período pré-colonial
Os primeiro homem a habitar a Ilha de Santa Catarina foram caçadores, coletores e se alimentavam de moluscos, uma cultura pré-indigena, conforme verificado no sambaqui da regiao.
Sambaqui é o lixo acumulado e calcificado e que trazem informações sobre a população pré-indígena.
Os Tupis-guaranis divididos em várias tribos e aldeias ocuparam a maior parte da área litorânea. Há uma tese que eles teriam vindo da região que hoje é o Paraguai. Os europeus os chamaram de Carijó.
Os índios tupis-guaranis conheciam a agricultura, eram sedentários e tinham na pesca a atividade básica para sua subsistência. Quando os europeus chegaram foram recebidos com curiosidade e não houve manifestação hostil. Foram aprisionados e vendidos como escravos.
Alguns nomes que permanecem até hoje: Pirajubaé, Itaguaçu, Anhatomirim foram os índios que deram as regiões. Meiembipe (lugar acima do rio) e Yurerê-mirim (bem pequena) eram denominações que os índios davam para as suas terras. A exterminação das tribos se deu no século XVII, e os motivos foram à escravidão e a fraca resistência as doenças trazidas pelos europeus, como: gripe, sarampo, varíola, tuberculose, etc.
Primeiros colonizadores
Muitos desertores de expedições marítimas se instalaram em Florianópolis e começaram a colonização. Mas a fundação ocorreu em 1675, neste ano chegou o bandeirante Francisco Dias Velho que impulsionou o surgimento da cidade. Com ele veio sua esposa, três filhas, dois filhos, outra família, dois padres da Companhia de Jesus e mais de 500 índios domesticados.
Natural de São Paulo era um desbravador de muita coragem já que as terras eram cobiçadas por piratas de várias nacionalidades. Ao chegar construiu a pequena igreja onde hoje está a Catedral de Florianópolis, contando com a proteção de Santa Catarina. Após a construção da igreja começou a construção de casas e iniciou o plantio de novas culturas.
Dias Velho defendia suas terras ferrenhamente e este foi o ponto crucial para o seu fim trágico. Robert Lewis comandava o navio pirata que vinha do Peru e atracou em Canavieiras com um carregamento de prata em seus porões. Dias Velho e seus homens expulsaram os corsários e ficaram com o carregamento do navio. Após um ano Lewis retornou e recuperou sua carga e vingou-se de Dias Velhos, violando as três filhas virgens do fundador e o matando. Após o infortúnio a família do bandeirante e todos os acompanhantes retornaram a São Paulo.
Após o ataque pirata a Ilha ficou abandonada por alguns anos. Os portugueses preocupavam-se com a falta de povoamento o que trazia risco para os seus domínios. O povoado de Florianópolis não passava de 27 casas e o nome da localidade era Nossa Senhora do Desterro em 1714 foi elevada a categoria de freguesia e em 1726 a de vila foi nessa época que alguns paulistas tiveram autorização para ocupar a região. O Governo Português incentivou os açorianos a virem para a região com a promessa de terras e isso ocorreu aproximadamente 20 anos mais tarde.
Açorianos
Para viabilizar essa colonização a Coroa Portuguesa criou a Capitania Subalterna de Santa Catarina em 1738 e esta passou a ser vinculada ao Rio de Janeiro. Entre 1747 e 1756 a ocupação da ilha foi impulsionada com o desembarque dos primeiros imigrantes que se instalaram na rua próxima a igreja, hoje Rua dos Ilhéus em sua homenagem. Vieram em torno de cinco mil imigrantes açorianos para colonizar a ilha e o litoral catarinense. Vários motivos impulsionaram os açorianos a imigrarem para o Brasil entre eles: os constantes abalos sísmicos em suas ilhas no Arquipélago dos Açores, em Portugal; a superpopulação e a promessa de terras pelo governo Português.
A ilha tinha uma acesso ao interior difícil o que obrigou o centro urbano a se desenvolver junto à parte, mas próxima do continente. A primeira atividade desenvolvida era a agricultura de subsistência e a mandioca era uma cultura preferida.
Os militares eram a classe mais poderosa e em função de sua presença no Porto de Desterro houve a necessidade de importar roupas, alimentos e objetos de consumo. Perto do porto surgiu um pequeno centro comercial para venda de alimentos e produtos artesanais feitos pelos moradores.
Autorização para caça as baleias
O litoral da ilha era constantemente visitado por baleias e na segunda metade do século XVIII a Coroa Portuguesa deu autorização para sua caça. Em nada alterou a região a caça a baleia já que todos os produtos eram enviados para Portugal. Os insumos necessários para abastecer os baleeiros é que trouxeram representatividade econômica ao Porto do Desterro. Com a fuga das baleias, a substituição do óleo animal por querosene e depois petróleo fez com que a atividade declinasse.
A partir do século XIX os militares perdem o poder na região e surge uma nova classe poderosa que são os comerciantes que, também, na maioria das vezes eram donos de embarcações que faziam o transporte entre o litoral catarinense.
Florianópolis hoje
Com aproximadamente 400 mil habitantes, esse número triplica no verão, uma capital voltada para o turismo.
Sua economia se baseia no turismo, comércio e serviços, tendo, também, a indústria de transformação.
O turismo é um gerador de divisas através de estabelecimentos como: hotéis, agências de viagens, restaurantes, bares, camping e, ainda, estimula a economia informal através de alugueis de casas, vendedores ambulantes e organização de passeios de barco pelos pescadores.
Vários municípios que compõem a Grande Florianópolis têm uma produção de hortifrutigranjeiros que abastece o mercado da capital. Nas áreas de cultivo em larga escala temos o arroz, cana e a banana.
Temos em Florianópolis uma qualidade de vida invejável. Em Jererê as casas não possuem muros delimitando as propriedades. É uma linda cidade.
Fonte de pesquisa:
Informação dada pelos guias turísticos.
www.guiafloripa.com.br
Fotos: Eliana Rocha
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